quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Não troco Jesus Cristo por nada!

Não troco Jesus Cristo por nada!

"Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro". Jesus Cristo

  

Não quero ser piegas, nem parecer indiferente diante do sofrimento que as pessoas que estão sendo presas tem causado aos brasileiros e, especialmente, ao povo fluminense.

Refiro-me ao recente e triste cenário, envolvendo o ex-governador do Rio de Janeiro e sua esposa, bem como o empresário Eike Batista.

Decidi refletir e finalmente percebi a razão pela qual não me senti nem enraivecido, nem vingado, pelas justíssimas prisões desses homens.

Jesus Cristo flagra, com seus exemplos, como todos nós somos indignos. Todos nós somos muito semelhantes ao "casal de ouro" e o ex-maior bilionário do Brasil.

Quando jovem, ouvi pela primeira vez um profeta proclamar, perturbado: "descobri que é muito fácil dizer que não troco Jesus Cristo por nada, já que sou pobre, sem posses, moro em uma casa muito simples e mal tenho um quarto - pois o divido com minha irmã. Logo, nunca tive nada para trocar por Jesus".

João Calvino, no século XVI, afirmou que todos os seres humanos são absolutamente "depravados" e "inclinados irremediavelmente ao erro", optando, sempre que possível, por caminhos de morte.

Somente uma coisa pode nos impedir da nossa autodestruição: a "graça" de Deus, que é seu favor imerecido, sua ajuda gratuita.

Sabe qual a diferença entre "graça" e "misericórdia" divinas?

Graça é recebermos o que não merecemos, apesar de nosso atos. É resultado de uma generosidade de Deus acima dos padrões humanos.

Misericórdia é não recebermos o que merecemos, em razão dos nosso atos. É resultado do amor de Deus, que decide não punir nem castigar, mesmo podendo fazer isso.

Não devemos ficar super-felizes com essas prisões, pois um pouco de todos nós, na condição de humanos, é trancafiado naquelas masmorras modernas.

Não deveríamos desejar que eles sofressem, mas sim que se arrependessem e reparassem o prejuízo causado. Esse foi o exemplo de Jesus, com homens corruptos em seu tempo, que não tinham sido alcançados pela misteriosa e inexplicável graça e misericórdia divinas.



Rev Marcos Amaral