quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Gotículas da Graça - Natal, e o brasil de Eduardo Cunha.

Natal, e o brasil de Eduardo Cunha.

...seu reinado não terá fim..."

Ao ler, mais uma vez, o emocionante diálogo entre o anjo Gabriel e Maria, minhas emoções afloram e meu espírito se enche de pura esperança.
  
Ao ver, mais uma vez, o presidente da Câmara Federal, o sr. Eduardo Cunha, espoliando a esperança e senso ético, tão comum à nossa gente, deste meu lindo e pulsante país, útero de um povo que só faz trabalhar e sonhar com sua redenção, sou convidado a desistir e sepultar o melhor de mim.

Nossas vergonhas estão expostas, nosso caráter nacional revelado maculado, há uma crescente sombra trevosa se agigantando do Oiapoque ao Chui.

Melhor que fosse em tempo algum! Melhor que fosse em lugar algum! Melhor que fosse sobre pessoa nenhuma!

Melhor que tenha sido em dezembro! Melhor que as luzes natalinas pisquem sem cessar! Melhor que o  sorriso dos pequeninos, dos quais é feito o Reino de Deus, nos aponte a saída.

O brasil de Eduardo Cunha não será vitorioso!

O Brasil de Guga, o tenista; de Célia, minha diarista; de Medina, o surfista; de todos nós, sambistas, que nos equilibramos  sobre nossos pés e sonhos, que insistimos em sobreviver a toda sorte de desesperança e violência, contrárias a nosso amanhã.

 Esse é o Brasil gigante, do Moro, do Janot, dos silenciosos e desconhecidos heróis abrigados nos trens, ônibus, barcas e ruelas descalças da cidade que adormece e acorda sob a esperança do menino Deus.

É Natal! Tudo aponta para o novo, para o nascer da vida viva, para a renovação do folego do Sol.

É Natal! Estrela fulgurante! Pastores exuberantes! Anjos celebrantes! Pastos verdejantes!

É Natal! Maria e José, casal solitário, mas alimentados pela subversão da lógica, que os salva do medo, de desistirem, e, do que seria pior, da alto comiseração.

É Natal! Convido você, para comigo clamar ao menino Jesus, que nos comunique um pouco de Si, o que já será o bastante para que o nosso Brasil reaja e vença o brasil do Cunha.

É Natal! É Natal! É Natal!