“ Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo,
porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela
súplica, com ações de graças.
E a paz de Deus, que excede
todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.”
Efesios 4.6,7
A ansiedade é o sintoma principal do medo.
Sentir ansiedade é a mesma coisa que dizer: “ tenho medo
quanto ao futuro e suas correlações“
O medo do futuro é a psicológica constatação de que somos falíveis
e finitos.
Deus nos criou à sua imagem e semelhança, nos
comunicando características divinas, tais como: inteligência, juízo e senso de justiça,
nos tornando divinizados, mas apesar disso e ainda assim nos sabemos finitos,
temporais e passantes, e isso é absolutamente contraditório e traumático, pois
mesmo sendo tão capacitados e seres superiores, teremos o mesmo fim do que os carrapatos,
ou seja: a MORTE.
Essa realidade finita é como viver equilibrando um belíssimo
jarro de cristal caríssimo que, por mais hábeis que sejamos, sabemos que, irremediavelmente, um dia
o deixaremos cair e testemunharemos seu espatifamento.
Fingir ser infinito, viver bêbedo de distração, ziguezaguear
nas incontáveis vielas da vida cheias de entretenimentos, são formas por nós
inventadas na inteligente busca por apaziguamento psicológico, frente a diuturna
falta de paz, face ao pavor de se saber incapaz de ter o controle.
Somos finitos, e daí? Não temos o controle, e daí? Somos passantes,
e daí?
É o que o texto estampado acima nos encoraja a perceber.
Há quem possa apaziguar a minha dor e medo por
desaparecimento, por me saber impotente...
Não será mudada essa herança humana que nos foi transferida
desde muito tempo.
Isso vem de muito longe, vem lá do Éden, vem lá de sempre,
vem lá do infinito...
Mas, existe uma saída bem confortável...
Reclinar a cabeça no colo de Deus e conversar com Ele sobre
tudo, inclusive sobre a infecção do medo, que tem se desdobrado em sistemática febre
de ansiedade, muita ansiedade.
Paulo, o autor do texto acima, sabe bem essa receita, o sujeito vivia
no fio da espada!
Chegar ao fim de cada dia era para ele um verdadeiro milagre!
já que tanta gente desejava e queria a sua morte.
Paz! Ah! Como alcançá-la?
Todos, sem exceção vamos terminar, somos passantes e
finitos, não compreendemos bem o caminho do sol, não conseguiremos nunca entender
a beleza e simplicidade do voo da borboleta.
Entretanto, pode haver uma fundamental diferença entre nós e
todos o resto, inclusive os carrapatos...
Conhecer, aprender e desfrutar do cuidado de Deus sobre
todos que o buscam, Nele confiam e Dele dependem para lidar com esse eterno vir
a ser...
Um beijo finito, de alguém finito, mas que se sabe cuidado
por alguém que é Eterno.